Tive que ir até a República pra comprar uns livros difíceis de achar (sei, sei, que tarefinha mais fim de carreira...) e eis que me deparo com o bom e velho edifício Grandes Galerias, vulgo Galeria do Rock.Depois de cumprida a missão de corno, resolvi dar um rolê e matar a saudade desse ícone do rock e da cidade de São Paulo. Bons tempos aqueles em que eu saia de Suzano e pegava 3 conduções pra chegar lá. Com o dinheiro contado pra comprar no máximo 2 CDs, não sei explicar como, ainda conseguia sair de lá com 4 CDs, uma camiseta ou um All Star comprado no camelô ali na frente.
Hoje, uns 15 anos depois da minha primeira visita, retorno à boa e velha Galeria com um pouco de barba a mais e muito cabelo a menos mas, coincidentemente, sem nenhum tostão furado no bolso...
Ela, assim como eu, tá meio caidinha, mas resiste bravamente. Apesar de algumas lojas fechadas (crise, pirataria, é dureza...) e as lojas de camiseta e tattoo ocuparem mais espaço do que eu me lembrava, ainda é possível encontrar CDs do Sepultura a R$10,00 , e raridades como um CD triplo do Sex Pistols incluindo show ao vivo no Japão e o novo CD do Nashville Pussy (não conhece? deveria!).
Dessa vez não deu pra comprar nada, pois a falta de dinheiro tá mais braba (crise...), mas saí de lá com a convicção de que o rock (assim como a galeria) é como aqueles vilões de filme de terror: quando você pensa que ele já era, ele volta pra assombrar e não morre nunca.
O roteirista Koji Suzuki, celebre autor de contos de terror sendo o mais famoso deles "O Chamado" (que virou até filme), e a indústria japonesa Hayashi Paper, uniram seus esforços para levar adiante uma idéia de merda: 
