quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Set List do Manifesto e Comentários de um fã demente...

Exclusivo!
Vazou na web um possível set list do show do Papel no Manifesto!

E com ele os comentários e relatos, música a música, feitos por um fã que esteve em um dos shows da tour “Enrolados, na Estrada ou na Merda”:

 Alugamos um apê: a guitarra de Harry introduziu com peso o riff desta faixa inédita, e a pista se transformou em uma enorme roda que fez de alguns fãs vitmas de uma pancadaria que teve começo mas que ainda não tem hora pra terminar. Fabão Ursão mandou uma vez o refrão e na segunda ele já era cantado em uníssono pela platéia. Aproveitou e chamou uma cerveja (primeira do show, centésima da noite e enésima da carreira de bebum), uma porção de provolone a milanesa e desafiou o Gorpo Bio, que só tinha olhos para o provolone, para uma partida de truco.



Pintando a louça: introdução mostrando muita técnica de Gorpo na bateria e o esquisito Dagli Bean fazendo barulhos mais esquisitos do que ele com sua Les Paul. “ta na na na nam – ta na na na nam – teu teu teu ton teu teu teu ton”. Não! Não era o tonante, mas Harry com um lick muito interessante e I.N.R.I. debulhando no baixo uma das canções mais punks da banda. Uma letra simples mas de muita inspiração, fez com que alguns com dificuldade em se deslocar aos banheiros orgânicos cagassem na calça, tendo em vista a superlotação da casa. No final da canção explosão de bosta na cara dos fãs, que usavam seus óculos 3D e escudos distribuídos na entrada.

Filha da Puta: primeiro cover da noite, homenagem ao Ultraje a Rigor e aos filhos de uma das profissionais mais adoradas pelos integrantes do Papel. Estilo. Maturidade. Uma versão incrivelmente mal tocada, com muitos erros, que não tiraram o brilho deste clássico do Ultraje. O que viria em seguida?

Chute no Saco: Bean, aonde você estava com a cabeça quando compôs aquele riffe? (não responda). Gênio? Não, um idiota, mas sem dúvida um dos hits mais tocados pela banda ao longo de sua carreira. “Por que nunca tomou: chute no saco!” Impossível não cantar! O único que não cantou por sinal foi o Ursão, que saiu do palco para pegar mais uma breja e aproveitou para soltar um cagão. Até se esqueceu de voltar ao palco mas a galera nem notou e continuou agitando como antes!

Circuncisão: Uh! Ah! Meu amigo, rock´n roll não requer explicação, ouça este petardo e entenda o que estou falando! Uma versão mais rápida, mesmo contra a vontade do produtor da banda, Pardal, e que deu muito trabalho aos seguranças que tiveram que conter a violência e recolher alguns braços e pernas da pista. “Não é ilusããããããão!” Fui obrigado a me besliscar: era o Papel ao vivo e a cores!

Pet Cemetery: segundo cover da noite, esta versão dos deuses do punk rock não poderia ficar de fora do set: Hey Ho – Let´s go! No telão, cenas de um filme do Zé do Caixão, já que a banda não conseguiu alugar “Cemitério Maldito". Ursão cantou cada frase com bastante emoção, embora ninguém tivesse chorado, nem mesmo os emos amigos do Harry, que diga-se de passagem detonou nos vocais! Destaque para Gorpo que mexia tantos os braços que chegou a me lembrar um “polvo”.

Negue Tudo: mais uma inédita. História verídica contada e cantada por Ursão com muita vibração. I.N.R.I. provou de vez que faz por merecer a vaga nas quatro cordas e que, além dele, Ctrl + S também salva... Destaque para o duelo de solos de guitarra, que terminou sem um vencedor mas com bolhas de sangue nos dedos de Harry e Dagli Bean. Provável hit do próximo cd.

O Bom Menino: momento do tão esperado cover do Palhaço Carequinha. Canção não tocada há mais de 20 anos pela banda, em respeito póstumo ao mestre. Os fãs que não têm nada com isso pediram e eles mandaram com a mesma técnica em que foi tocada pela última vez (ou seja, nenhuma). Ursão não precisou mudar de roupa nem colocar nariz de palhaço de tão perfeita que foi a sua interpretação, gritou cada frase com o apoio dos fãs da primeira fila até o triunfal “grand finale” com a participação do Fábio “Neandertal” nos backing vocais mudos.

Barriguinha (de Chope!): a música mais amada e odiada pelos fãs, que se dividiram entre aplausos e arremesso de tomates. A banda não se abalou e mandou esta porrada na orelha como de costume: com muita velocidade, catchup e mostarda! Ursão apresentou a banda e aproveitou para homenagear todas as gordinhas do Brasil, ou seja, as que ele já pegou e as que tomou bota. Harry solou bastante a vontade, ficou tão a vontade que até deixou escapar um peido melado. Poderia ter rolado "BIS" tranquilamente, mesmo se servissem "Sem Parar" seria fantástico! Nesta faixa fica evidente que a banda sabe tudo de barangar e beber e muito pouco de música.

Tagarela: valeu a pena esperar, Tagaerela é uma canção com muita pegada ao vivo (alguns integrantes da banda sempre “pegam” alguma mina nota oito na pista nesta hora). Você enrola! Enrola! Enrola! Deep Purple o caramba, isso é Papel! Gorpo nem pareceu o sentir cansaço nos braços, talvez por que eles sejam mecânicos. Ursão mostrou que as aulas de canto lírico que ele matou não fizeram falta e mandou muito com a ajuda de Minduca como convidado na hora do “Chiclete”.

Agora Você Gamou: outra nova, um rock´nroll que fez muitos pararem de se empurrar e se socar e finalmente dançarem um twist nas primeiras filas da pista. Ursão também tentou mas demonstrou falta de coordenação, tropeçou e caiu do palco (a galera delirou com o suposto “mosh”, e por sorte não houve feridos – uma fã amorteceu a queda de Ursão com a sua “Barriguinha (de Chope)”). Bean apresentou seus vocais graves no refrão e I.N.R.I. garantiu a alegria dos fãs e cristãos dando uma aula de baixo e lendo alguns trechos do novo testamento. Esse quinteto é demais!

Baranga: precisa dizer do que eles realmente gostam? Talvez o meu cover preferido, pela introdução bem fiel à versão original, pelos vocais entusiasmantes de Ursão, pelos backings de Harry no refrão, pelo solo de Bean, sempre acompanhado de viras de tequilas por todos da banda – e a tradicional mangueira de montilla esguichada nos fãs com chuva de rodelas de limão e de camisinhas usadas. Quase uma mega produção, não fosse o registro de alguns comas alcóolicos, inclusive dos músicos.

Sóbrio Amor: o PH tem muitos clássicos, mas talvez este seja o maior de todos. Possivelmente pelo conjunto da obra: riff avassalador de baixo interpretado com muito feeling por I.N.R.I., acordes muito bem encaixados de guitarra por Harry e Bean, a bateria ensurdecedora de Gorpo e vocais, arrotos e outros sons alternativos por Ursão. E a letra? Declaração de amor e embriaguez em forma de poesia fizeram de Sóbrio Amor o hit #1 do PH, e deixaram no ar um gostinho de quero mais, um cheiro azedo e a expectativa de assistí-los novamente em breve com todos os ingredientes que não podem faltar a um show: cerveja, tequila, mulher ruim e muito rock´n roll. Vai Papel!

3 comentários:

  1. Como tem cara que é doente...
    Vai se tratar!

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  2. o post mais tesão do blog!!!!!
    e o show foi dukaralio!!!

    fabão

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  3. Animal!!!!
    Sem dúvida o show que mais lotou na noite de 05/11 da Rua Iguatemi, 36.

    Odeio todos

    Minduca

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